Crescendo, mercado plus size é tendência
Super magras, modelos desfilam nas principais passarelas do mundo exibindo um estereotipo que está cada vez mais distante da realidade. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 48,1% da população está acima do peso e 15% são obesos.Para suprir essa demanda, um novo mercado surgiu: o “plus size” (traduzido como “tamanho maior”. Ou seja, acima do número 44). De olho nessa fatia do bolo, a prestigiada rede fast fashion H&M trocou Gisele Bündchen pela plus size Tara Lynn. A top irá estrelar a nova campanha “Big is Beautiful”. E os investimentos no exterior, com o foco neste público, não param por ai. A capa deste mês da Vogue Itália (Considerada a bíblia da moda por especialistas) traz as gordinhas Candice Huffine, Tara Lynn e Robyn Lawley em um ensaio assinado por Steven Meisel. Provando que o mercado plus é uma tendência real e em expansão.Mas, como esse mercado tem evoluído no Brasil? Por aqui, mesmo com uma certa evolução, ainda estamos longe do ideal “O mercado cresceu. Temos novas lojas e outras ganharam visibilidade porque agora a mídia permite. A variedade de peças é maior, o alcance a estas novidades foi facilitado com as lojas virtuais” conta Carla Manso - modelo e blogueira plus size, e acrescenta “Estamos ganhando respeito, conquistando nosso espaço no mercado da moda, mas ainda não chegamos ao considerado ideal. O preço das roupas são mais elevado, por tratar-se de um material feito exclusivamente às gordinhas ou porque são consideradas ‘roupas especiais’, diferença que não existe no mercado da moda nos EUA e em Londres”.
Nas grandes redes varejistas que atuam no Brasil, a expansão deste universo continua a passos lentos. Embora tenha uma coleção acima do tamanho 44 batizada de “Special for you”.“A carência do público GG foi revelada e as grandes redes não perderam tempo. Todas estão com uma linha para tamanhos maiores, porém, nem todas conseguem agradar às mais jovens. Algumas ainda precisam descobrir que as gordinhas não usam apenas decote em V, alças largas e calça de cintura alta. Nós também queremos jaquetas curtinhas e estampas modernas. Não temos medo de listras, de saias, de cintos” finaliza Carla
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