sábado, 11 de fevereiro de 2012

A história do Jeans

                     Por volta do ano de 1850, auge da corrida do ouro e conquista do oeste americano, vários mercadores aproveitavam o trabalho nas minas e de exploração, como ferramentas, mantimentos, roupas e lonas.
Entretanto, o mercado para este tipo de produto estava extremamente saturado, pela oferta de lonas por praticamente todos os mercadores.
     Com um grande estoque de lonas e sem conseguir mercado para as mesmas, Strauss passou a procurar outra aplicação para o produto. Ele observou que devido a grande exigência física no trabalho das minas, os mineradores tinham que substituir freqüentemente as roupas utilizadas, o que levava-os a um grande gasto.
       A fim de realizar uma experiência, Levi Strauss confeccionou duas ou três peças reforçadas com a lona que possuía, disponibilizou-as aos mineradores e o sucesso foi imediato. Devido a alta resistência das peças, as mesmas não se estragavam com facilidade e proporcionavam uma durabilidade muito maior.
       Estava criado o jeanswear, o estilo reforçado de confecção, o qual foi originalmente destinado a roupas de trabalho.
          A partir de então, cada vez mais os trabalhadores utilizavam o jeans para exercer suas tarefas mais árduas e de exigência física. Entretanto, o jeans só passou a ser utilizado no dia-a-dia, já no século XX.
          Com o surgimento no cinema, encabeçados por James Dean e Marlon Brando, a roupa começou a associar-se ao conceito de juventude rebelde conquistando este público.
       A partir daí, o jeans só chegou a conquistar o restante da população após a proliferação social do seu conceito como roupa despojada e do cotidiano, sem perder seu charme e elegância. Consagravam-se os gigantes do Jeans, como Levi's, Lee e Mustang.
                O primeiro estilista a colocar o jeans na passarela foi Calvin Klein, já na década de 70, causando choque e indignação aos mais conservadores. Esta atitude, no entanto, foi logo seguida pelos demais e o jeans definitivamente conquistou seu espaço na sociedade.
               Observa-se uma proliferação cada vez maior do conceito jeanswear em se vestir, devido principalmente a comodidade e praticidade, aliadas a fácil manutenção numa época em que estamos cada vez mais sem tempo livre e qualquer facilidade proporcionada torna-se fundamental.
                 Percebe-se também a introdução e continuidade do jeans nos ambientes de trabalho mais formais, em escritórios, como grandes empresas e instituições financeiras, principalmente após a instituição da sexta-feira como o "Casual Day" e muitas vezes a abolição total da obrigatoriedade do uso de terno e gravata.
A história da fantástica aventura do jeans começou em Nimes, na França, onde foi fabricado pela, primeira vez. No entanto, foi a indústria têxtil de Maryland, na Nova Inglaterra, que popularizou, em 1792, o uso desse tecido de algodão sarjado, que chamaram de denim por ser fabricado com as mesmas características do pano que se fazia em Nimes. Por ser um tecido q ue não merecia grandes cuidados e era durável, no início ele era destinado a roupas para o trabalho no campo e também para os mineiros de ouro na Califórnia. O jeans só se tornaria mais macio muito tempo depois, quando começou a ser lavado com pedras antes de ser posto à venda.
            Esse jeans mais macio era produzido por um alfaiate da Califórnia, que fazia calças para mineiros, e que, mais tarde, se associou à Levi-Strauss. Utilizava-se o tecido, vindo de Maryland, e geralmente na cor marrom, para cobrir carroças. Quando a venda de tecido para essa finalidade caiu, ele passou a ser utilizado na fabricação de calças, em uma modelagem resistente e própria para o trabalho das minas. Depois, ao ser vendido em larga escala, o jeans (já tingido de azul - na verdade um tom verde, que com o tempo e a luz, ainda na tecelagem, vai se transformando no indigo blue) se tornaria o elemento principal de uma verdadeira revolução no modo de vestir.
                  Pode-se dizer que as atuais calças em jeans têm o mesmo estilo daquelas que fizeram sucesso com os mineiros, depois com todos os trabalhadores americanos, e, mais tarde, com os hippies, que as utilizaram como símbolo de rebeldia contra as roupas convencionais. Assim, o jeans tornou-se um tipo de moda nascida não pela imaginação dos estilistas, vinda de cima para baixo, mas de baixo para cima, acabando por tonar-se um clássico da roupa.
                              Verdadeira origem do estilo casual, as roupas de jeans aguçaram a criatividade e determinaram uma maneira de vestir. O casual avançou tanto que os estilistas perceberam a necessidade de introduzir também mudanças na moda clássica, tornando-a mais moderna. Houve também resistência ao jeans, e muitos costureiros decretaram que em pouco tempo os homens também usariam saias. Ou se vestiriam de maneira futurista, como os astronautas. Nada disso aconteceu, mas descobriram-se novos tecidos, proporções e cortes que tornaram as roupas cada vez mais perfeitas. A indústria da moda tornou-se gigantesca e democrática para abrigar várias tendências de estilo. E o jeans foi incorporado a esse espírito.
                              Trata-se de um caso único na história da roupa - um artigo que se tornou popularíssimo, mas que também pode ser usado por gente bem-vestida, e que ganhou incrível versatilidade. jeans pode ser adequado tanto para um jogo de futebol quanto para uma festa; em ambos os casos, dependendo da combinação do conjunto de peças, pode-se estar elegante. Vai bem com uma simples camiseta branca, num estilo mais descontraído, e casa igualmente bem com um blazer, numa versão elegante da esportividade. Manter um jeans no armário, em uma de suas várias formas.


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